segunda-feira, 18 de março de 2013

Cia Teatro Fábrica - A Confecção da Queda

Dias 27 e 28 de Março
Na sede da FPTAI
20h30
Gratuito
Classificação: acima de 15 anos


Sinopse: Cidade de São Paulo, Avenida Nove de Julho: dia de forte tempestade. Duas histórias se cruzam. Duas mulheres encarceradas. A primeira encerrada em conflitos pessoais e profissionais que a levam a isolar-se em seu apartamento. A segunda, forçadamente isolada. Sofia é submetida a um esquema de prostituição em regime análogo à escravidão. Laís é uma dentista que sofre de TOC e não sai de seu apartamento há meses na tentativa de controlar suas manias compulsivas. O corpo de uma, que emerge nas águas da enchente, é a chave para a liberdade da outra.

A CONFECÇÃO DA QUEDA é o retrato de uma sociedade doente, tirado num cenário fabricado por ela: o isolamento urbano.



A Cia. Fábrica São Paulo de 1986 a 1992 manteve sua sede de trabalho num antigo edifício no bairro da Penha – o Cine São Geraldo. Os primeiros espetáculos ocupavam construções arquitetônicas não comumente utilizadas pelas artes cênicas. Epistemologia do Medo, Ebenezer , Em Preto e Branco , Expresso Expressão e Paula são os espetáculos desse período. A partir de 1990, produz espetáculos em formato de arena, atingindo uma média de 200 apresentações e 35 mil pessoas por ano.  Entre eles: O Arquiteto e o Imperador da Assíria, de Fernando Arrabal e Em Alto Mar, de Slawomir Mrozec.
No fim da década de 90, convidam o inglês Robert McCrea para a direção de dois espetáculos: a estreia de A Falecida de Nelson Rodrigues no Festival de Cantebury, Inglaterra, e a montagem de Macbeth, de Shakespeare.
Em 2002, a Companhia é contemplada pela primeira vez pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e inaugura, em fevereiro de 2004, o Teatro Fábrica. No mesmo ano, estreia Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki.
A partir de 2004, o grupo investe numa pesquisa que busca sistematizar a constituição do ator a partir de sua memória pessoal e historicidade, resultando na produção dos espetáculos Gênero Humano e Ensaio para um Espetáculo. Em 2009, estreia O Outro Pé da Sereia e publica o livro Memórias de Outro Mar – Pesquisa Artística da Cia. de Teatro Fábrica São Paulo.
Atualmente, desenvolve seus processos de estudo, formação, treinamento e elaboração de projetos no Teatro do NPC FÁBRICA sua nova sede de trabalho.




A Confecção da QuedaElenco
LETÍCIA MOREIRA
LINA AGIFU

Direção
ROBERTO ROSA

Dramaturgia
DRIKA NERY

Preparação de Corpo
ANDREA DE ALMEIDA
RAQUEL DUTRA

Sonoplastia
GREGORY SLIVAR

Orientação em Artes Plásticas Contemporânea
RUBENS ESPÍRITO SANTO

Orientação em Figurino
MÁRCIO TADEU

Orientação Teórica
LAVÍNIA MAGIOLINO

Produção
CIA. DE TEATRO FÁBRICA SÃO PAULO

Apoio
MINISTÉRIO DA CULTURA
FUNDAÇÃO NACIONAL DAS ARTES
COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO

segunda-feira, 4 de março de 2013

Plano de Negócio: Cia de Dança de Presidente Prudente



Olá amigos!


 Nesta segunda, dia 04 de março, acontecerá na sede da FPTAI a apresentação do trabalho de administração "Plano de Negócio: Cia de Dança de Presidente Prudente", por Marcela Cintra Santos, que é formada em Dança pelo Conservatório Musical Maestro Julião, em 2005, e em Administração pela Unoeste em 2010. Marcela é filha da bailarina Dulce Cintra, que é diretora da Unoeste Cia de Dança.



A apresentação acontecerá às 20h do dia 04 de março, gratuitamente, e após a mesma será aberto um debate sobre como tais propostas apresentadas no trabalho podem contribuir para a formação de uma política pública cultural na cidade de Presidente Prudente-SP.



CONVITE



Dia 4 de março, as 20:00h ocorrerá a palestra  com:



 Marcela Cintra Santos 

tema:



 Plano de negócio:
Cia de Dança de Presidente Prudente

 .

Os debates visarão compreender como este trabalho em Administração pode colaborar com a construção de uma política pública em artes dentro da realidade local. Posteriormente será elaborado um arrazoado geral das discussões e publicado em nosso blog.



Local: Federação Prudentina de Teatro e Artes Integradas, Rua João Caseiro, 65, Vila Brasil.



Compareçam!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ponto de Cultura em Presidente Prudente: uma breve análise local de empoderamento e protagonismo cultural


Os Pontos de Cultura surgiram como estímulo às iniciativas culturais já existentes da sociedade civil, por meio da realização de convênios celebrados após a realização de chamada pública.

    No período de 2004 até 2011, o Programa Cultura Viva apoiou a implementação de 3.670 Pontos de Cultura, presentes em todos os estados do Brasil, alcançando cerca de mil municípios. No Estado de São Paulo são 526 Pontos de Cultura.

    Entre 2004 e 2012, isso representa mais de 600 milhões de reais revertido grupos culturais de base que jamais tiveram acesso a qualquer verba pública, diretamente posta, autonomamente administrada e localmente compromissada.   Isso representa um investimento significativo que jamais destinado à cultura popular, associações culturais,
 sociais, religiosas, políticas, de classe e ambientais.

    No sentido de dimensionar esses recursos, o orçamento anual de Presidente Prudente (200 mil habitantes) está na casa dos 300 milhões por ano, quer dizer que com o dobro do recurso anual desta cidade, o Governo Federal implementou uma política pública para a cultura mais ousada e frutífera em seu segmento.

    No Estado de São Paulo são 301 Ponto de Cultura do Edital MinC-SEC/SP (2010-2013). Sendo que o MinC reverteu para essa política uma valor de R$36.120.000,00 em três anos. Este é outro dado fundamental, porque a reboque o Estado de São Paulo se viu obrigado a entrar na política pública para a cultura encabeçada pelo Governo Federal com R$18.060.000,00.

    Se o Governo do Estado de São Paulo não entrasse neste pacote, poderia ocorrer o maior saque político contra o Governo do PSDB, que não teria como respostar o impacto dessa oportunidade. E para que isso acontecesse, ocorreram muitas negociações até firmar o convênio que foi renovado no final de 2012.
    Há portanto, desses 301 Pontos de Cultura do Estado de São Paulo e do Brasil, os que foram fundamentais para algumas prefeituras, tal como Narandiba, que jamais tinha recebido verbas federais do MinC e que passou a ter um Ponto de Cultura, revolucionando a estrutura de pensamento local, não pelo feito político, mas pela atenção econômica e regular por três anos realizada. O mesmo pode se estender a Pirapozinho, Rosana, Paraguaçu Paulista, Assis, Oscar Bressane para citar alguns exemplos.
 

    Há casos dentre esses que a única forma de levar o projeto a frente foi atrelado ao poder local. Não estendendo essa breve avaliação, mas citando o tamanho impacto dessa reversão de recursos para a cultura em escala nacional, citarei apenas alguns outros editais que povoaram o Brasil, tais como os editais e prêmios: Pontões de Cultura, Cultura e Saúde, Pontinho de Cultura, Pontinhos de leitura, Pontos Digitais, Mirian Muniz, todos FUNARTES, isso, sem elencar os específicos para a cultura negra, populares, indígenas, PAC das Praças que surgiram em todas as áreas e vertentes.

    Em Presidente Prudente há dois Pontos de Cultura. O Ponto de Cultura Prudente em Cena  ligado aos movimentos por autonomia, que se exige ser um ator da política cultural local e outro que busca efetivar seu projeto na música. O MinC e SEC/SP investiram em três anos R$360.000,00 em Presidente Prudente. Notadamente, a imprensa, políticos, partidos, atores e agentes culturais pouco ou nada entenderam sobre o impacto desses recursos e o que ele provocou silenciosamente.    
 

Todavia, agora parece ter surgido aos olhos do poder local um interesse nesses efeitos, pois informalmente anunciou que deseja implantar 6 ponto de cultura em Presidente Prudente. E ainda que o poder executivo local editais viciados, será uma aprovação a uma política efetiva implantada pelo Governo Federal liderado pelo PT.

    Com todos os defeitos e deturpações próprias do Brasil, esse projeto cultural implementado no país é um exemplo para os Governos Estaduais e Municipais e para outros países, que no contexto atual e futuro permanecerá por muitos anos como sendo o projeto mais ambicioso do mundo em que se classifique pelos critérios de: quantidade, qualidade, adequação, empoderamento, garantia à diversidade, acessibilidade, capacitação, distribuição e descentralização de verbas e forte tendência ao protagonismo político ou sua potencialidade de autonomia dos seus executores.

    Nem todos querem ou conquistam a autonomia, mas a história desse projeto cultural está marcado no mundo, onde Argentina e África já estão implantando a mesma proposta e em maio de 2013 irá acontecer um seminário Latino Americano em La Paz para discutir essas políticas nesses países.

    Nas metas do Plano Nacional de Cultura há o objetivo de implantar 15 mil pontos de cultura no Brasil. A ministra Marta Suplicy disse em reuniões que isso era inexequível no período indicado.
Que seja 6.000 ou menos ainda é um exemplo inestimável para a história da cultura nacional e mundial.