Foto de Tainá Azeredo |
Alexandre Roit é o ator do espetáculo que faz única apresentação na cidade, a entrada é franca.
A peça tem direção de Pedro Pires a partir do argumento de Alexandre Roit, dramaturgia de Rodrigo Matheus e conta com o apoio do Programa de Ação Cultural do Governo de São Paulo - Proac ICMS.
O Senhor das Chaves
Foto de Tainá Azeredo |
Existem no palco vários baús, e dentro deles muitos objetos: instrumentos musicais, pedaços de cordas, tecidos - que o fazem recordar várias histórias: a de um pescador que conheceu uma sereia, um outro pescador que conheceu um gigante que morava numa ilha que afunda e aparece num lugar diferente, e ainda outro pescador que esteve em Atlântida. Entre uma história e outra, ele tem lapsos de memória, voltando sempre ao ponto de partida, como se tivesse acabado de chegar àquele lugar.
Ao final, resta ao público a dúvida: seria ele mesmo o pescador das histórias que contou? Seriam aquelas histórias verdadeiras, ou fruto da sua imaginação?
Talvez isso não importe. Talvez o que nos interessa seja levar aquelas histórias conosco, como lembrança de um mundo em que, mesmo que as coisas sejam inventadas, não quer dizer que não sejam verdade.
Foto de Tainá Azeredo |
O Senhor das Chaves coloca as crianças como atores ativos da história, fazendo com que contribuam espontaneamente com as fábulas conduzidas pelo personagem da peça.
A proposta envolve mais do que um resgate arqueológico de lendas marinhas: pretende atualizar o universo mítico e místico que abarca esses contos de deuses e criaturas fantásticas. As narrativas trazem, além de humor ingênuo e melancolia (‘temperados’ com crueldade), todos os elementos que compõem o universo da infância.
Pelo enredo, percebe-se que o marinheiro viaja pelo mundo contando histórias, mas sua memória não o ajuda. Como aliadas contra esse problema, as caixas contêm pistas que fazem com que ele possa recuperar as ideias, as imagens e a fantasia, que são parte da missão dele. Aos poucos, ele puxa pelo fio da memória episódios como um gigante dono de uma ilha que afunda e cavalos marinhos cavalgados por sereias.
A participação das crianças da plateia é fundamental no desenrolar das histórias. São elas que descobrem as chaves que o personagem carrega consigo, que levam às pistas contidas nos baús espalhados pelo palco. Abertas essas caixas, os nós ficcionais se desfazem, e fazem o mar se revelar poético, com formas e cores.
FICHA TÉCNICA
Atuação de Alexandre Roit Direção de Pedro Pires Argumento de Alexandre Roit Assistência de direção e dramaturgia de Rodrigo Matheus Cenografia de Nani Brisque Figurino de Gal Gruman Iluminação de Wagner Freire Trilha sonora original de André Abujamra
Aleandre Roit
Para quem não lembra ou não sabe, Roit é cofundador do grupo Parlapatões, Patifes & Paspalhões, mas que de 2002 para cá resolveu seguir sua carreira solo e tem feito inúmeras viagens pelo Brasil e América Latina fazendo o que melhor sabe fazer: atuar.
Em mais de uma década de trabalho, elegeu a rua como seu palco: fez Pelada na Rua em 2004 e Quixote em 2005 e continua, nesses anos todos, a circular por várias cidades e países com seus espetáculos. Agora, no inédito O Senhor das Chaves, Alexandre Roit transpõe sua atuação artística para dentro do teatro, para a sala de espetáculo. O ator acumula também, há oito anos, a função de criador e coordenador da Mostra Latino-Americana de Teatro de Rua, realizada anualmente pela Cooperativa Paulista de Teatro.
Oficina gratuita de como trabalhar a interação no teatro
No dia 30 de novembro, sábado, das 10 horas às 12 horas, o ator Alexandre Roit ministra uma oficina gratuita com o objetivo de abrir o processo de trabalho demonstrando técnicas e procedimentos de criação e interação no teatro. A inscrições gratuitas (15 vagas – maiores de 16 anos) podem ser feitas pelo e-mail federacaoprudentinadeteatro@hotmail.com.
SERVIÇO:
Espetáculo: O Senhor das Chaves
Dia 30 de Novembro de 2013 – Sábado às 20h
Oficina: Como trabalhar a interação no teatro
Dia 30 de Novembro de 2013 – Sábado às 10h
Local: Galpão da Federa
Rua João Caseiro, 65 - Vila Brasil - Presidente Prudente/SP
Telefone: [18] 9967 7276
Duração: 50 minutos
Recomendação: Livre
Entrada FRANCA
Produção
Géssica Arjona
Fones: 011 4304 4121/ 970433 970
E-mail: gessica@condominiocultural.org.br