Passados
dois meses da separação brutal da atriz e produtora cultural Lua Barbosa do
convívio com familiares e amigos, ainda esperamos respostas.
Lamentamos
– familiares e amigos – ter de assumir a luta para que as investigações não ocorressem
somente na alçada da Polícia Militar, instituição onde continua trabalhando o
policial autor do disparo fatal. Lamentamos primeiro porque isso somente
aumenta a dor da ausência; e segundo, porque seria um dever natural das
instituições competentes do Estado de São Paulo.
Refutamos
veementemente qualquer tentativa de se desviar o foco do processo em curso, através
da manipulação de antigas imagens de armas defeituosas divulgadas pela imprensa.
Supõe o objetivo de influenciar autoridades e opinião pública no sentido de
apontar outros responsáveis pelo homicídio que não sejam seu autor e as
instituições a quem o mesmo presta serviço, sugestionando uma conclusão de que
tudo não passou, infelizmente, de um triste acidente.
Se o
governo do Estado de São Paulo permite que armas supostamente defeituosas
estejam nas ruas, colocando em risco a vida de inocentes como a da Lua, é outro
fato grave que deve ser apurado. Acreditamos que a investigação, agora
desenvolvida pela Polícia Civil à luz da imprensa e da opinião pública,
estabeleça a verdade, e esclareça as contradições estabelecidas até o momento.
Dois
meses após a morte de Luana, fatos gravíssimos que comprometem a lisura das
investigações nos preocupam e exigimos respostas:
1 –
Por que a competência do mérito do processo permanece na capital paulista, se o
homicídio ocorreu em Presidente Prudente?
2 – Quais
as iniciativas do Poder Judiciário e o Ministério Público de Presidente
Prudente no sentido de transferir o processo para esta cidade?
3 –
Uma das versões do autor do disparo é que o capacete do namorado da Luana bateu
em sua mão ocasionando o disparo. Se isso ocorreu, porque a marca está na parte
de trás do capacete, e produzida de cima para baixo como apontou a
perícia?
4 - Uma
vez que o condutor da motocicleta afirma que não houve esse contato com o
policial, onde, como e quando surgiu a marca
no capacete?
5 – Diante
disso, existe alguma investigação sobre a possibilidade de adulteração de
provas?
6 –
Por que a Justiça Militar não libera o capacete para o delegado da Polícia
Civil fazer as necessárias averiguações?
5 –
Por fim, o que o Poder Judiciário e o Ministério Público de Presidente Prudente
fazem para que a Polícia Civil tenha acesso ao capacete, uma das peças
fundamentais para a conclusão das investigações?
Pai, Mãe, Irmã de Lua Barbosa e amigos da FPTAI