terça-feira, 2 de setembro de 2014

CADÊ O CAPACETE?


Passados dois meses da separação brutal da atriz e produtora cultural Lua Barbosa do convívio com familiares e amigos, ainda esperamos respostas.
Lamentamos – familiares e amigos – ter de assumir a luta para que as investigações não ocorressem somente na alçada da Polícia Militar, instituição onde continua trabalhando o policial autor do disparo fatal. Lamentamos primeiro porque isso somente aumenta a dor da ausência; e segundo, porque seria um dever natural das instituições competentes do Estado de São Paulo.
Refutamos veementemente qualquer tentativa de se desviar o foco do processo em curso, através da manipulação de antigas imagens de armas defeituosas divulgadas pela imprensa. Supõe o objetivo de influenciar autoridades e opinião pública no sentido de apontar outros responsáveis pelo homicídio que não sejam seu autor e as instituições a quem o mesmo presta serviço, sugestionando uma conclusão de que tudo não passou, infelizmente, de um triste acidente.
Se o governo do Estado de São Paulo permite que armas supostamente defeituosas estejam nas ruas, colocando em risco a vida de inocentes como a da Lua, é outro fato grave que deve ser apurado. Acreditamos que a investigação, agora desenvolvida pela Polícia Civil à luz da imprensa e da opinião pública, estabeleça a verdade, e esclareça as contradições estabelecidas até o momento.
Dois meses após a morte de Luana, fatos gravíssimos que comprometem a lisura das investigações nos preocupam e exigimos respostas:
1 – Por que a competência do mérito do processo permanece na capital paulista, se o homicídio ocorreu em Presidente Prudente?
2 – Quais as iniciativas do Poder Judiciário e o Ministério Público de Presidente Prudente no sentido de transferir o processo para esta cidade?
3 – Uma das versões do autor do disparo é que o capacete do namorado da Luana bateu em sua mão ocasionando o disparo. Se isso ocorreu, porque a marca está na parte de trás do capacete, e produzida de cima para baixo como apontou a perícia?
4 - Uma vez que o condutor da motocicleta afirma que não houve esse contato com o policial, onde, como e quando surgiu a marca no capacete?
5 – Diante disso, existe alguma investigação sobre a possibilidade de adulteração de provas?
6 – Por que a Justiça Militar não libera o capacete para o delegado da Polícia Civil fazer as necessárias averiguações?
5 – Por fim, o que o Poder Judiciário e o Ministério Público de Presidente Prudente fazem para que a Polícia Civil tenha acesso ao capacete, uma das peças fundamentais para a conclusão das investigações?



Pai, Mãe, Irmã de Lua Barbosa e amigos da FPTAI