quinta-feira, 24 de junho de 2021

Sete anos sem Lua Barbosa.

No dia 26 de junho a nossa querida Lua Barbosa completaria 32 anos, e no dia 27 fará 7  anos que ela foi assassinada numa blitz de trânsito em Presidente Prudente.

Lua e Camila - Espetáculo do Grupo Os Mamatchas

Desde o crime que vitimou Lua Barbosa, são sete anos sem uma resposta definitiva da Justiça para familiares e amigos.

O processo ficou estacionado mais de quatro anos no Tribunal de Justiça em São Paulo, e agora, parece, resta apenas a entrega do relatório final do juiz e designação da audiência do júri para ocorrer o julgamento.

Ainda continuam sem investigação outros supostos crimes praticados por policiais militares com objetivo de fraudar e esconder provas.

Ao longo dessa semana, na página Memória de Lua Barbosa no Facebook, estamos relembrando alguns fatos e denúncias relacionados ao caso e homenagens que Lua recebeu. E nos dias 26, 27 e 28 de junho, realizaremos uma programação virtual com três transmissões ao vivo.

No primeiro dia, data do aniversário de Lua, realizaremos um Ato Artístico “Em defesa da vida, em Memória de Lua Barbosa”, com apresentação e exibição de vídeos de cenas e números de circo e teatro, vindos de grupos e coletivos de todo o Brasil.

Lua e sua irmã Nara

No segundo dia, teremos um grande encontro com a Trupe Olho da Rua, grupo que construiu um espetáculo que trata da violência policial, e cuja apresentação já foi censurada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo com seus integrantes presos em praça pública durante uma apresentação da peça.

No último dia, teremos uma mesa para debater o crescimento da violência no campo e contra as mulheres sob o governo Bolsonaro, com a participação de Chislainne Aparecida Oliveira, advogada, pós graduada em direito público, ativista e especialista na Lei Maria da Penha, e do professor e pesquisador Dr. José Sobreiro Filho (UFPA), que estuda conflitos agrários no Brasil.

Nosso objetivo é chamar a atenção para o caso da Lua e cobrar justiça, e também promover o debate sobre violência, direitos humanos e segurança pública.

Amigos e familiares de Lua Barbosa esperam um julgamento justo para o policial, baseado na verdade sobre o que aconteceu, e não na mentira.

É lamentável todo abuso de autoridade e outros crimes praticados por policiais militares, logo após o assassinato, para esconder o que aconteceu, uma prática infelizmente comum, que reforça a necessidade de uma outra política de segurança pública fundada na proteção da vida, dos direitos civis, dos diretos humanos.

Amigos e familiares da Lua - Ato por justiça em Presidente Prudente SP

Programação - 7 anos sem Lua Barbosa

O que? Quando? 

- 26 de junho, sábado, às 20 horas, Ato Artístico “Em defesa da vida, em Memória de Lua Barbosa”

- 27, domingo, às 20 horas, Exibição de vídeo do espetáculo “Blitz – o Império nunca dorme” e bate papo com integrantes da Trupe Olho da Rua

- 28, segunda, as 20 horas, Debate sobre violência  no campo e contra mulheres, com o pesquisador Dr. José Sobreiro Filho (UFPA) e a advogada e militante Chislainne Aparecida Oliveira. 


Onde? 

Na página Memoria de Lua Barbosa no Facebook

https://www.facebook.com/luabarbosamemoria/


Ato em frente a Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP


    Luana Barbosa - Lua

ENTENDA O CASO

Luana Barbosa foi assassinada em 27 de junho de 2014, um dia após completar 25 anos, vítima do disparo de uma arma de fogo em mãos de um policial militar, numa blitz de trânsito em Presidente Prudente. Até hoje, o crime não teve uma resposta adequada do Estado. O policial que atirou foi absolvido pela Justiça Militar, num julgamento anulado pelo Supremo Tribunal de Justiça – STJ. Um novo julgamento será marcado no Tribunal da Vara do Júri de Presidente Prudente, com base no inquérito da Polícia Civil, que aponta o crime como homicídio doloso. Outros crimes, após o assassinato, cometidos por policiais militares a fim de forjar e ocultar provas, não foram investigados, apesar das sérias evidências.


Lua atuando - Palhaça Meia Lua Quebrada