domingo, 23 de outubro de 2016

[Ocupação Cultural] Coletivo Cultural do Galpão da Lua ocupa prédio público ocioso em Presidente Prudente.





Amig@s do Galpão da Lua e comunidade em geral, queremos informar a mudança de nossa sede. Deixamos o galpão na Vila Brasil, onde atuamos desde 2011, com muita tristeza. Na Vila, construímos muitas amizades, histórias, aprendizados, relações que continuarão a existir. Saímos desse lugar com a nossa sede, mas retornaremos sempre com a nossa arte e nossas vidas. Só saímos dali porque não é mais possível continuar a pagar aluguel como condição para existir, diante da importância de nosso trabalho.

Estamos, agora, ocupando um dos galpões localizados junto ao pátio da antiga estação ferroviária, no centro da cidade. Este prédio, e todo o seu conjunto, pertencia à antiga malha ferroviária federal e, após sua dissolução, foi incorporado ao patrimônio da União. Galpão, este, que sendo uma propriedade pública, encontrou-se fechado, vazio, sem cumprir qualquer função social, há anos. Nossa ocupação dará, finalmente, a esse espaço, através de atividades culturais sempre gratuitas, uma destinação importante. A Prefeitura é quem deve, agora, regularizar a nossa permanência e colaborar com nossas atividades.

A ocupação já conta com a colaboração de muit@s amig@s do Galpão da Lua. O espaço ocupado precisa de reformas e adequações urgentes, que já foram iniciadas e serão continuadas daqui em diante, preservando as características do lugar. Vamos mostrar que conseguimos fazer desse galpão um espaço de cultura, vivo, sem que, para isso, seja preciso algum projeto milionário.
 
Uma ocupação como esta é, antes de mais nada, uma forma de discutir a cidade em que vivemos e, dentro dela, o acesso à cultura. Em um momento de grande retrocesso político e econômico para a maioria da população, sobretudo a mais pobre e marginalizada, mais do que nunca, ocupar é resistir! Não é justo que nós, como agentes da cultura e, portanto, agentes sociais, continuemos sendo onerados ao pagar aluguel para realizar um trabalho de extremo interesse coletivo, que chega a bairros da periferia da cidade, enquanto prédios públicos encontram-se fechados e a cidade é servida como banquete de negócios para alguns. Por tudo isso, resistimos!

Contato/doações/apoio: 18-996524744 / 997425994