terça-feira, 23 de julho de 2024

Espetáculo "QUEM NÃO TEM LONA PEDE CARONA" No Centro de Referência do Idoso - FelizIdade

A Cia dos Tortos é um grupo de artes cênicas situado no ABC Paulista, formado por Paloma Natácia e Pedro Fontana, ambos graduados em Interpretação Teatral, na Universidade Estadual de Londrina onde se conheceram. O grupo tem como principal foco pesquisar, realizar e difundir ações artística populares de qualidade nas linguagens de teatro e palhaçaria. Dentro do repertório dos Tortos já são realizadas montagens teatrais, intervenções artísticas, cursos, oficinas e workshops nas linguagens de teatro e palhaçaria, além de parcerias com instituições sociais e ongs.

Inspirado em depoimentos de grandes artistas da história do circo surge um espetáculo que desafia o tempo e revive as memórias da dupla de anciõesPalhita e Sizu. 

A Família Tortonni montou seu circo cheio de atrações fantásticas, mas devido um triste

acontecimento todo mundo foi embora deixando apenas duas pessoas para fazer toda a apresentação!


Uma palhaça e um palhaço já de idade avançada contam de suas lembranças e também do espetáculo que faziam juntos. A magia da representação faz essa dupla voltar no tempo e mostrar como era se desdobrar para proporcionar muita alegria e diversão para todas as pessoas.



"Quem Não Tem Lona Pede Carona” é uma peça inspirada em depoimentos de

experientes artistas que viveram se apresentando nas lonas e picadeiros. Durante

apresentações e encontros de estudos realizados no Circo Paratodos e no Centro de

Memória do Circo em 2013 e 2014, os Tortos tiveram contato com pessoas inspiradoras que contavam sobre suas vidas circenses e as aventuras que viveram. Circenses como Gachola, Bagunça, Reco-Reco e Marília de Dirceu sempre tinham uma história para um bom papo acompanhado de um café. E nesse mesmo tempo Paloma e Pedro assistiram um documentário chamado “Circo Paraki”, de 2011, com direção de Mariana Gabriel, Priscila Jácomo e Eduardo Rascov, que tocou seus corações.


“O documentário procura dar voz a artistas circenses esquecidos da história recente do circo e da cidade. Por meio dos depoimentos dos artistas circenses, ex-moradores do estacionamento de trailer, acabamos esbarrando na própria história das transformações que o circo viveu e vive no Brasil”.

Após estrear em 2014 a montagem continuou em aprimoramento, e em 2016 os Tortos conhecem o brincante nordestino Junio Santos.

Junio ensina a música de sua autoria "Circo com Asas" onde fala de um "circo antigo, novinho e sedutor" cheio de atrações passava pelas casas e praças levando a magia do picadeiro. A música encaixa como uma luva para a montagem e passa a fazer parte da apresentação tornando a identidade do espetáculo bem definida.

Diante de tantos prejuízos emocionais e culturais a Cia dos Tortos se coloca num lugar de resistência e propõe um espaço de valor da memória. O esquecimento histórico já perpassa por nossa sociedade desde muito antes do momento atual, e olhar para um grupo de pessoas que são seres repletos de experiências é um ato de amor e cuidado. São pessoas que tem contribuições sociais e artísticas para todas as gerações. Colocar as pessoas idosas e suas histórias em evidência demonstra para o público geral o seu valor e

proporciona um momento de interação e participação na comunidade.

A Cia dos Tortos quer contribuir na construção de uma coletividade que entenda que rir junta é um ato de união e resistência. E nessa jornada de lembranças e afeto essa história já foi contada para um público estimado de cinco mil pessoas.


FICHA TÉCNICA -
QUEM FAZ ACONTECER

Direção : Pedro Fontana

Roteiro: Cia dos Tortos

Produção: Tortos Produções

Atuação: Paloma Natácia e Pedro Fontana Composição

sonora: Anthony Brito

Inspiração musical: "Circo de Asas" - Letra e composição de Junio Santos

Figurino: Laura Rodrigues (Clã das Cores) 

Cenografia:Clã das Cores e Cia dos Tortos 

Fotografia: RicardoAvellar

Operação de som: Fernanda Meneghett


O espetáculo é dia 25/07 às 9:30

Onde: Centro de Referencia do idoso - FelizIdade

Rua Ribeiro de Barros, 1347